Inflação avança em setembro e acumula alta de 5,17% em 12 meses, aponta IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, registrou alta de 0,48% em setembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma aceleração de 0,59 ponto percentual em relação a agosto, quando houve deflação de 0,11%.

Com o resultado do nono mês do ano, a inflação acumulada em 2025 chega a 3,64%, enquanto o acumulado em 12 meses atinge 5,17%.

O IBGE explica que o índice reflete a variação de preços dos principais produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras. Em setembro, o grupo Habitação exerceu a maior pressão sobre o indicador, com avanço de quase 3%. O aumento foi impulsionado principalmente pelo encarecimento da energia elétrica, devido ao fim do Bônus de Itaipu, que havia concedido descontos nas contas de luz em agosto. Além disso, permaneceu em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.

Outros cinco dos nove grupos pesquisados também registraram alta: Vestuário, Transportes, Despesas pessoais, Saúde e cuidados pessoais e Educação.

Por outro lado, Artigos de residência, Comunicação e Alimentação e bebidas apresentaram queda de preços, ajudando a conter um aumento maior do IPCA. O grupo Alimentação e bebidas, que tem o maior peso no índice, registrou deflação pelo quarto mês consecutivo, com redução média de 0,41% nos preços dos alimentos consumidos em casa. Entre as principais quedas estão tomate, cebola, alho, batata-inglesa e arroz.

Já frutas e óleo de soja ficaram mais caros, o que impediu uma queda ainda maior no custo da alimentação domiciliar.

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